Dificuldade, adaptação e esperança

Dados, Informação e Conhecimento

SEVERIANO COSTANDRADE* E JÚLIO EDSTRON S. SANTOS**

O primeiro semestre de 2020 foi difícil para todos os brasileiros, a crise chegou com força e uma pandemia causada pela COVID-19 trouxe insegurança e até medo em todos os seguimentos da sociedade. A Administração Pública está se desdobrando para atender as principais necessidades dos cidadãos. Todos estão sobrecarregados.

A dificuldade está presente no dia a dia de todos; dos empregados e, também, dos empresários. Servidores e gestores sentem que há um sobrepeso para todos, problemas surgem a todo momento.

Porém, da dificuldade surge a necessidade de adaptação. Do susto inicial, está ocorrendo o ajustamento do comportamento de todos. A vida está voltando a uma nova normalidade. Acreditamos que sairemos pessoas mais fortes, tanto enquanto profissionais, mas, principalmente, enquanto pessoas.

O Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, mesmo no auge dos problemas, enfrentou as dificuldades, mudou seu paradigma para o ambiente digital e, com enormes esforços de membros e servidores, atua no direcionamento dos gestores públicos para a superação dos problemas da sociedade tocantinense, especialmente no combate à COVID-19.

Do reconhecimento das dificuldades e da capacidade de adaptação dos brasileiros, ressurge um sentimento que aflora em nosso país e, sobretudo, no estado do Tocantins, que é a esperança.

Pensadores, juristas e religiosos debruçaram-se sobre o que é a esperança. O filosofo Aristóteles escreveu em suas lições sobre a ética que “a esperança é o sonho do homem acordado” e o escritor Ariano Suassuna escreveu “o otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso”. Para nós, o sentimento de esperança é estar no meio da noite mais escura sem uma estrela guia e continuar a caminhar, tendo a certeza que o sol nascerá. E, por que não? O caminho será percorrido com êxito.

A palavra esperança pode ser compreendida em esperar, mas realizando ações cotidianamente. Portanto, não é só esperar, nem tão pouco fazer sem se refletir. Não ficamos inertes, mas, também, não fazemos nada sem reflexão e método. Porque precisamos fazer o que é certo sempre!

A superação da crise atual e, principalmente, da séria pandemia da COVID-19 passa pelo reconhecimento das dificuldades, o exercício da adaptação social e da prática da esperança, ou seja, caminhar nos infortúnios e nas incertezas, mas sabendo que a anormalidade passará e sairemos desses problemas como pessoas mais humanas e profissionais mais lapidados.
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*SEVERIANO JOSÉ COSTANDRADE DE AGUIAR
Presidente e Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins. Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Piauí, pós-graduação em Administração da Educação, pela Universidade de Brasília – UNB, Direito Processual Civil, pela Universidade Tiradentes e Estudos de Política e Estratégia, pela ADESG/UFT. Doutor em Direito pela Universidad del Museo Social Argentino-UMSA, Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais. No Tocantins, já ocupou diversos cargos de relevância, entre eles o de secretário de Desenvolvimento Comunitário de Palmas, coordenador do curso de Ciências Contábeis da Fundação Universidade do Tocantins – Unitins.

**JÚLIO EDSTRON S. SANTOS
Doutor em Direito pelo Centro Universitário de Brasília – UNICEUB. Mestre em Direito Internacional Econômico pela UCB/DF. Diretor Geral do Instituto de Contas 5 de Outubro do TCE-TO Professor e Coordenador Acadêmico do IDASP/Palmas. Professor da Uninassau de Palmas. Membro dos grupos de pesquisa Núcleo de Estudos e Pesquisas Avançadas do Terceiro Setor (NEPATS) da UCB/DF, Políticas Públicas e Juspositivismo, Jusmoralismo e Justiça Política do UNICEUB. Editor Executivo da REPATS. E-mail: edstron@yahoo.com.br

 

Júlio Edstron S. Santos
Severiano José Costandrade de Aguiar