Escolas de Contas realizam intercâmbio durante o IX Educontas

Comunicação IRB

O IX Encontro Nacional dos Técnicos de Educação Profissional das Escolas de Contas (Educontas) foi um dos eventos paralelos ocorridos durante o IV Congresso Internacional de Controle e Políticas Públicas. Durante três dias, o Educontas congregou todas as escolas de contas dos Tribunais de Contas do Brasil para a troca de experiências, logística e boas práticas de gestão entre servidores e ccolaboradores, o que consequentemente refletirá forma positiva para a sociedade.

A palestra magna do evento trouxe o tema da inovação como elemento transformador nas escolas de contas, com o palestrante Rhodrigo Deda, Mestre em Tecnologia e Sociedade pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná e assessor de planejamento da presidência do TCE Paraná. O conteúdo exposto demonstrou  a importância da inovação para o aperfeiçoamento das atividades, além da necessidade de acompanhar os avanços sociais, comportamentais e legais que guiam as políticas públicas e gestões públicas. Para Deda, a inovação visa “resolver problemas ou criar oportunidades a partir de novas abordagens, com o propósito de tornar a ação governamental mais eficiente e mais adequada às necessidades dos cidadãos”.

Eixos temáticos marcam o Educontas

A programação contou com a apresentação de casos exitosos divididos em três eixos temáticos: Controle Social, Formação Continuada (ensino a distancia, presencial, pesquisa e extensão) e Projetos e Tecnologias (tecnologias educacionais, certificação e políticas de remuneração de instrutoria).

Já a professora Danielle Maia Cruz, da Universidade Federal do Ceará (UFC), apresentou a palestra “Metodologias Qualitativas de Avaliação”, na qual apontou a importância do campo de avaliação, da subjetividade e dos critérios para elaboração de políticas públicas considerando as idiossincrasia sociais e locais.

Encerrando o encontro, na sexta-feira (dia 19/10), a conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, Doris de Miranda Coutinho, enfatizou a expertise das escolas de contas para o fortalecimento das instituições de controle externo.

Para a palestrante, o desenvolvimento e a relevância das cortes de contas “perpassa pela gestão e pelo compartilhamento do conhecimento, e por um processo de reinvenção de uma nova abordagem do controle, especialmente voltado para a orientação e prevenção”.

Doris enumerou os seguintes fatores para o sucesso da atuação dos tribunais de contas: responsabilidades claras, ter independência, recursos e pessoas adequados e compartilhamento do conhecimento e experiência. “Os tribunais de contas têm os três primeiros fatores assegurados no texto constitucional de 1988. Há a necessidade de consolidação do quarto por meio do uso de sua expertise para a educação de, para além de suas portas, voltada para o gestor”, complementou.

Foi ressaltada pela conselheira a necessidade de “aprimorar o ‘delivery’ institucional dos tribunais de contas, o que significa, metaforicamente, a sua sobrevivência. Só com a entrega satisfatória daquilo que é produzido para a sociedade se poderá evitar a estagnação do controle e fugirmos da distopia de Rui Barbosa sobre os tribunais de contas se converterem num ornato aparatoso e inútil”. E citou trecho da poesia de Carlos Drummond de Andrade: “Renovar as esperanças e acreditar em si mesmo”.

Finalizada a apresentação da palestrante, o diretor-presidente do Instituto Escola Superior de Contas e Gestão Pública Ministro Plácido Castelo (IPC), conselheiro Alexandre Figueiredo, agradeceu os participantes do IX Educontas e o esforço e empenho de toda a equipe do IPC para a realização do evento.