A primeira infância é a fase que se estende desde a concepção até os seis anos de idade. Nessa fase são estabelecidas as bases primordiais e decisivas para a saúde, o aprendizado, o desenvolvimento cognitivo, físico e psicológico e o bem-estar social e emocional de cada criança.
Tanto o poder público quanto as famílias devem garantir, especialmente na janela temporal apontada, que as crianças alcancem as vivências e experiências necessárias. O poder público age
por meio de ações afirmativas e de políticas articuladas, integradas e sistêmicas, junto às famílias, atores indissociáveis nessa jornada.
Com essa preocupação, o Tribunal de Contas de Roraima, por intermédio do Grupo de Trabalho da Primeira Infância, instituiu um guia prático para balizar a conduta das famílias, dos cuidadores,
dos educadores e demais profissionais envolvidos. O guia orienta a sociedade sobre como agir, a quem recorrer, o que demandar, a fim de que as crianças possam ver garantidos os seus interesses e atendidas as suas necessidades precípuas nesses primeiros e decisivos mil dias de vida.
Nessa fase, tão relevante quanto o estímulo adequado é a necessidade de afastar os obstáculos à atenção integral. A partir de um bom cuidado, as crianças podem trilhar caminhos seguros e invulnerados nessa jornada rumo a uma infância digna, culminando em melhor desempenho escolar e profissional, redução de problemas de saúde e até em menor envolvimento com criminalidade e outros indesejados fenômenos sociais.
A recompensa há de vir e será vista e sentida pela sociedade, traduzida na felicidade de cada criança que sai das sombras, do anonimato, da pobreza, da insegurança, da informalidade.
Queremos fomentar o desenvolvimento de adultos com identidade, individualidade, dignidade e, por isso, capazes de construir um estado mais próspero e feliz.
Cilene Lago Salomão
Conselheira Coordenadora do Pacto pela Primeira Infância