Presidente do Supremo Tribunal Federal destaca Ruy Barbosa como símbolo da resiliência democrática

Equipe Instituto Rui Barbosa

A Ministra Rosa Weber, Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), conduziu nesta quarta-feira (1º) a sessão solene de abertura do Ano Judiciário de 2023. Em sua fala ao público presente e aos que acompanhavam a sessão de forma virtual, a Ministra repudiou a invasão criminosa ocorrida no dia 8 de janeiro deste ano, no Supremo, no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, ao destacar que, “no solo sagrado” do STF o regime democrático permanece inabalado. A solenidade se deu no Plenário reconstituído após os atos de vandalismo.

A Presidente da Suprema Corte ressaltou que a democracia é uma conquista diária e permanente, que se aperfeiçoa por meio da evolução do Estado Democrático de Direito, acrescentando que o Poder Judiciário está consciente da grande responsabilidade e dos desafios que lhe aguardam.

Para se garantir o registro histórico do ocorrido e a resiliência do Estado Democrático de Direito, o STF criou pontos de memórias com as marcas da violência da invasão. Um dos destaques é o busto de Ruy Barbosa, o patrono dos advogados brasileiros, que, após vilipendiado, continuará no Supremo sem ser restaurado do dano sofrido. Segundo a Presidente, a “cicatriz estampada no bronze” do busto, deixa como lembrança que a ignorância é um terreno infértil, incapaz de germinar as sementes de que florescem os valores fundamentais da liberdade e da democracia.

Fala da Presidente do Supremo Tribunal Federal

“O busto de Rui Barbosa, o patrono dos advogados brasileiros, de relevância ímpar para esta Casa, vilipendiado neste ano de 2023 em que se rememora o 100º aniversário de sua morte, voltou a repousar altaneiro no hall, em novo pedestal, sem a restauração do dano sofrido, cicatriz estampada no bronze como lembrança às presentes e futuras gerações de que nem os vultos ilustres desta nação, como o grande Rui, estão imunes à malta irresponsável, em evidente demonstração de que a ignorância – que nada reconhece, nada respeita, nada provê e se volta, como algoz, em seu vazio substancial, até contra os que buscam iluminá-la–, nada mais é do que terreno infértil, incapaz de germinar as sementes de que florescem os valores fundamentais da liberdade e da democracia.”

A íntegra do discurso da Ministra Rosa Weber pode ser acesso no link: https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/ABERTURADOANOJUDICIRIO_202311.pdf.