O Instituto Rui Barbosa (IRB) reafirmou seu compromisso com o fortalecimento das Políticas Públicas de saúde no Brasil ao assinar, nessa segunda-feira (30/6), a Carta de Cuiabá pela Saúde Digital no SUS – Sistema Único de Saúde. O documento foi formalizado durante o 1º Fórum de Saúde Digital do Estado, promovido pelo Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso (TCE-MT), e reúne compromissos estratégicos para o avanço tecnológico do setor, com foco em integração, eficiência, segurança da informação e transparência.
A assinatura da Carta ocorreu após reunião entre Conselheiros do TCE-MT e representantes do Instituto Rui Barbosa, da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e de outras entidades do Sistema de Controle Externo. Representando a presidência do IRB, o Vice-Presidente de Ensino, Pesquisa e Extensão, Conselheiro Sebastião Helvécio, destacou a urgência de destravar a agenda da saúde digital no país. “Desde 1991 essa pauta se arrasta, e este evento é mais um momento importante de virada. Vamos trazer novidades sobre a conectividade entre inteligência artificial e medicina baseada em evidências. Tenho certeza de que produtos práticos sairão daqui com grande utilidade para a sociedade de Mato Grosso e do Brasil”, afirmou.
O documento propõe ações conjuntas voltadas à interoperabilidade dos sistemas, à capacitação de profissionais, à ampliação da telessaúde com equidade e à criação de metodologias para avaliação da maturidade digital dos entes federativos. Para o Conselheiro Guilherme Antonio Maluf, Vice-Presidente da Corte de Contas mato-grossense e Presidente da Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social (COPSPAS), a assinatura simboliza o compromisso do Controle Externo com a transformação digital do SUS. “Não adianta acharmos que vamos produzir saúde digital de forma isolada. É preciso dar as mãos. O controle externo precisa da saúde digital e da tecnologia como um todo”, pontuou.
Já o Presidente da Atricon, Conselheiro Edilson Silva, ressaltou que a cooperação entre Tribunais de Contas e gestores públicos é essencial para a efetividade das Políticas Públicas. “Saúde digital é mais do que informatizar sistemas, é aproximar as pessoas de um serviço essencial”, destacou.
A Carta também recebeu contribuições do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC), consolidando-se como um marco institucional que fortalece a atuação conjunta do Controle Externo na promoção de uma saúde pública mais moderna, acessível e eficiente.
O Fórum segue até o dia 1º de julho, reunindo especialistas e autoridades para debater os desafios e oportunidades da digitalização da saúde no Brasil. A programação conta com mesas redondas, painéis temáticos e a apresentação de experiências exitosas em telediagnóstico e saúde mental, apontando caminhos para o futuro da saúde pública digital no país.